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Frota em Risco: O Impacto do Tarifaço

Impacto do aumento das tarifas trump nas frotas

O impacto do tarifaço na frota já começa a ser sentido no Brasil — e pode piorar nos próximos meses.

Com a adoção de novas tarifas pelos Estados Unidos em 2025, o setor automotivo brasileiro entrou em estado de alerta. Ainda que o Brasil tenha recebido um tratamento mais brando que outros países, os efeitos indiretos das medidas já afetam a gestão de frotas, com aumento de custos, instabilidade e riscos operacionais.

As novas tarifas incluem 25% sobre aço, alumínio, veículos e autopeças. Embora o Brasil não exporte veículos em larga escala para o mercado americano, participa ativamente da cadeia global de suprimentos. O resultado? Um efeito dominó que eleva os preços dos insumos, reduz a disponibilidade de peças e pressiona os custos de operação e manutenção das frotas.

1. Entendendo o Impacto do “Tarifaço” e Seu Alcance nas Frotas do Brasil

Reação em cadeia do impacto das tarifas em frotas

As medidas adotadas pelo governo dos EUA se dividem em dois eixos principais:

a) Tarifas sobre aço, alumínio e o impacto na frota

Desde 12 de março de 2025, passaram a valer tarifas de 25% sobre as importações globais de aço e alumínio. Essas medidas anulam as isenções anteriormente concedidas ao Brasil e outros parceiros comerciais, e abrangem não apenas os insumos brutos, mas também produtos derivados — como tubos, perfis e peças estruturais utilizadas na fabricação de veículos e componentes.

Na prática, isso eleva o custo dos insumos metálicos usados na indústria nacional, mesmo em peças e veículos fabricados localmente.

b) Tarifas sobre veículos e autopeças

Em abril e maio de 2025, os EUA impuseram tarifas de 25% sobre veículos e peças automotivas importadas, alegando motivos de segurança nacional. Apesar de o Brasil não ser um grande exportador de veículos completos para os EUA (apenas US$ 6,9 milhões em 2024), o impacto nas exportações de autopeças é significativo: cerca de US$ 1,37 bilhão em 2024, o que corresponde a 17,5% das exportações brasileiras do setor.

Além disso, como o Brasil perdeu o tratamento preferencial sob acordos como o USMCA (entre EUA, México e Canadá) (O Globo), passa a competir em desvantagem com fornecedores norte-americanos e mexicanos — o que pressiona ainda mais sua participação nos mercados internacionais e repercute nos custos internos.

A falsa sensação de segurança

A ANFAVEA chegou a sugerir que o Brasil teria sido relativamente poupado nas primeiras rodadas tarifárias. No entanto, esse alívio aparente ignora os efeitos colaterais que se espalham pela cadeia automotiva: do aumento dos preços de matérias-primas à realocação de investimentos e disrupções logísticas. O Brasil, embora não no centro da mira, é inevitavelmente atingido pelos estilhaços.

Em resumo, mesmo que o Brasil não seja o alvo principal das tarifas de Trump, as medidas adotadas pelos EUA afetam a cadeia automotiva global, da qual o Brasil faz parte. O aumento dos custos de matérias-primas, a possível perda de investimentos, as disrupções logísticas e a intensificação da concorrência regional significam que o setor automotivo brasileiro, incluindo os gestores de frota, inevitavelmente sentirão os impactos negativos (“os estilhaços”) dessas políticas comerciais

Impacto das Tarifas EUA – Acordeão Interativo

Entenda os Impactos das Tarifas Americanas

O governo dos EUA implementou tarifas de 25% sobre importações globais de aço e alumínio (Março 2025) e 25% sobre veículos e autopeças (Abril/Maio 2025). Isenções anteriores do Brasil foram anuladas.

As tarifas de 25% prejudicam a exportação de aço brasileiro para os EUA, podendo reduzir significativamente a produção e exportação. Isso pode pressionar os preços domésticos do aço no Brasil.

Tarifas de 25% afetam as exportações de autopeças para os EUA (US$ 1,37 bi em 2024, 17,5% do total). A sobretaxa pode causar queda na produção, escala e receita do setor no Brasil.

Mesmo para peças e veículos fabricados localmente, as tarifas sobre aço e alumínio elevam o custo dos insumos metálicos, impactando diretamente os custos de produção no Brasil.

A Anfavea prevê retração de investimentos no setor automotivo devido às incertezas. Montadoras podem investir nos EUA ou em países como o México. O México pode redirecionar produção para o Brasil, aumentando a concorrência interna.

Menos investimentos e variedade podem levar a aumento nos preços dos veículos e prazos de entrega mais longos para frotas.

O aumento no custo de aço, alumínio e a tarifa sobre autopeças podem encarecer peças de reposição e gerar risco de escassez, aumentando o tempo de parada dos veículos.

A instabilidade nos custos complica o planejamento financeiro. Pode ser necessário estender a vida útil dos veículos (aumentando custos de manutenção a longo prazo) e o valor de revenda torna-se incerto.

2. O Aumento Inevitável dos Custos da Frota

Aquisição de Veículos: Menor oferta, mais concorrência e investimentos em risco

O impacto das tarifas dos EUA sobre aço e alumínio está provocando uma reconfiguração na aquisição de veículos e nos investimentos da indústria automotiva brasileira. A Anfavea alerta para uma possível retração de investimentos, especialmente em razão da capacidade ociosa que deve surgir nas fábricas mexicanas, com a redução das exportações daquele país para os Estados Unidos.(CBN)

Segundo Márcio de Lima Leite, presidente da entidade, as montadoras mexicanas — que destinam cerca de 73% da produção ao mercado norte-americano — poderão redirecionar sua produção excedente para países da América Latina, como o Brasil, com quem mantêm acordo de livre comércio. Essa nova dinâmica tende a aumentar a oferta de veículos importados no mercado interno, reduzindo a competitividade da produção nacional.(CBN)

Esse cenário representa dois riscos imediatos para o Brasil:

  • Aumento da concorrência interna, com modelos mexicanos chegando a preços mais competitivos;
  • Redução de investimentos no setor automotivo brasileiro, já que empresas globais podem optar por utilizar a infraestrutura mexicana em vez de ampliar a produção local.

Além disso, o Correio Braziliense reportou que o tarifaço poderá provocar uma queda de até 1 milhão de veículos na produção dos EUA — de 15,9 milhões para 14,9 milhões de unidades. Isso acelera o redirecionamento de investimentos e reconfigura o mercado regional.

Para os gestores de frota, isso pode resultar em:

  • Menor variedade de modelos disponíveis no mercado nacional;
  • Prazos mais longos para aquisição de veículos;
  • Dificuldade de negociação com montadoras locais, devido à redução de escala.

A aquisição de veículos comerciais exigirá planejamento mais robusto, avaliação estratégica do TCO e, principalmente, atenção redobrada à cadeia de fornecimento internacional.

Manutenção e Peças de Reposição: mais caras, menos acessíveis e com risco de escassez

Com a entrada em vigor das tarifas de 25% impostas pelos Estados Unidos, as perdas potenciais para o Brasil nos setores de autopeças, aço e alumínio são expressivas. No setor de autopeças, as exportações brasileiras para os EUA somaram US$ 1,37 bilhão em 2024, o que representa 17,5% das exportações totais do setor. Estima-se que os importadores norte-americanos pagarão cerca de US$ 275 milhões a mais em impostos, o que pode reduzir drasticamente a competitividade das peças brasileiras no mercado externo. (sindipeças)

Impacto no setor de aço e alumínio

Já no setor de aço e alumínio, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) projeta uma queda de 11,27% nas exportações, com perdas que podem alcançar US$ 1,5 bilhão em 2025, além de uma contração na produção interna de até 700 mil toneladas por ano. Como os Estados Unidos foram destino de mais da metade dessas exportações em 2024, o impacto direto nas principais exportadoras brasileiras — como ArcelorMittal, Ternium e CSN — é considerável. (Agro.Estadão)

Somando os efeitos sobre os três segmentos, analistas estimam que o Brasil pode deixar de exportar até US$ 2,9 bilhões em 2025. Esse cenário compromete a escala de produção das indústrias nacionais, eleva os custos internos e pressiona o mercado local, refletindo diretamente nos preços de peças e manutenção para as frotas.

Com isso, os gestores de frota enfrentam uma nova realidade de operação, marcada por:

  • Peças de reposição mais caras, devido à alta de matéria-prima;
  • Escassez de componentes específicos, que pode interromper serviços;
  • Maior tempo de parada dos veículos, por atraso no fornecimento;
  • Aumento dos custos de manutenção corretiva, impactando o TCO (Custo Total de Propriedade).

Além disso, o descompasso global afeta também os estoques vindos de Ásia e Europa, que passam a sofrer com a realocação de demanda e gargalos logísticos.

Em um cenário de tarifas e incertezas, a gestão preventiva e o monitoramento da cadeia de suprimentos tornam-se elementos centrais para manter a frota em operação e evitar custos inesperados.

3. As Vulnerabilidades na Cadeia de Suprimentos

O tarifaço dos EUA não afeta apenas os preços. Ele também desequilibra a logística global do setor automotivo. Para as frotas brasileiras, isso significa riscos crescentes de atraso, escassez e perda de competitividade.

a) Redirecionamento da produção mexicana pressiona o Brasil

Cerca de 80% da produção automotiva do México é destinada aos Estados Unidos. Com as novas tarifas, esse fluxo tende a cair.

Montadoras com fábricas no México podem redirecionar parte dessa produção para o Brasil e outros mercados da América Latina.

Esse movimento preocupa a ANFAVEA. A entidade alerta que a chegada de veículos mexicanos ao Brasil pode:

  • Aumentar a concorrência no mercado interno
  • Prejudicar a indústria nacional
  • Reduzir o interesse de montadoras em investir localmente

Além disso, o México oferece modelos voltados ao perfil do consumidor norte-americano. Esses veículos costumam ser mais sofisticados e caros.

A entrada massiva deles no Brasil pode limitar o acesso a modelos mais econômicos, afetando diretamente os custos operacionais das frotas.

b) Atrasos e escassez de peças são cada vez mais prováveis

As tarifas criam incerteza nas cadeias globais. Fornecedores e montadoras precisam rever contratos, ajustar volumes e redirecionar estoques.

Consequências práticas para o gestor de frota:

  • Maior tempo de espera por peças críticas.
  • Dificuldade em encontrar componentes específicos.
  • Substituição emergencial por peças mais caras ou menos duráveis.

Peças que antes vinham com regularidade podem ficar indisponíveis por semanas. Isso afeta diretamente a operação e eleva o tempo de parada dos veículos.

Montadoras e fabricantes de autopeças também enfrentam o desafio de adaptar estoques às novas rotas e custos. Enquanto isso, a instabilidade afeta todos os elos da cadeia.

4. Desafios Operacionais e Financeiros para o Gestor de Frota

CONTROLE DE CUSTOS DE PEÇAS

O tarifaço agrava os desafios já enfrentados por gestores de frota no Brasil: alta carga tributária, combustível caro, estradas precárias e custos crescentes de manutenção. Agora, com a instabilidade global, o planejamento se torna ainda mais difícil.

Orçamento e planejamento sob pressão

Com a imposição de tarifas, o cenário de preços muda rapidamente. Veículos, peças e serviços de manutenção sofrem aumentos imprevisíveis. A ANFAVEA já estima que o tarifaço pode levar a uma revisão de investimentos no setor automotivo brasileiro em 2025 (Poder360).

O impacto nas frotas:

  • Custos variáveis tornam projeções orçamentárias menos confiáveis
  • Aquisições podem ser adiadas por falta de previsibilidade
  • A volatilidade dificulta a negociação com fornecedores e locadoras

A recomendação é reforçar o uso de modelos de TCO para avaliar decisões de compra com base em dados mais robustos.

Extensão da vida útil da frota

Com o aumento nos preços de veículos novos, muitas empresas já estão adiando a renovação da frota. Isso obriga os gestores a manter veículos em operação por mais tempo, o que resulta em:

  • Mais falhas mecânicas
  • Aumento nos custos de manutenção corretiva
  • Maior risco de inatividade operacional

Segundo a ABLA, empresas do setor de locação já demonstram preocupação com o cenário, e priorizam modelos mais simples e econômicos como forma de mitigar os custos.

Valor de revenda mais instável

O valor de revenda é um componente crítico no cálculo do TCO. Porém, o tarifaço traz volatilidade ao mercado de usados, dificultando previsões.

Nos Estados Unidos, a Cox Automotive projetou um aumento de 2,2% a 2,8% nos preços de veículos usados após a entrada das tarifas (AS/COA).

No Brasil, espera-se dinâmica parecida:

  • Altos preços de novos impulsionam a demanda por usados
  • Falta de previsibilidade prejudica projeções de valor residual
  • Empresas de leasing podem elevar os prêmios de risco

Para o gestor, isso significa maior dificuldade para planejar trocas e negociar contratos com segurança.

5. Estratégias Essenciais para Navegar no Tarifaço

estratégia para combater o tarifaço em frotas

Embora o cenário seja desafiador, gestores de frota não estão de mãos atadas. Com planejamento, tecnologia e inteligência de mercado, é possível minimizar os impactos das tarifas e manter a eficiência operacional.

a) Análise aprofundada do Custo Total de Propriedade (TCO)

O TCO deve guiar todas as decisões de aquisição e retenção de veículos. Ele permite comparar não apenas o preço de compra, mas também:

  • Custos de manutenção
  • Desempenho de consumo
  • Valor de revenda
  • Impostos e depreciação

Segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT), o Brasil desperdiçou 1,14 bilhão de litros de diesel em 2023 por conta de rodovias mal conservadas, gerando impacto direto na eficiência do consumo das frotas (CNT). Ferramentas modernas de gestão já incorporam cálculos dinâmicos de TCO, e a combinação de dados reais com planejamento estratégico ajuda a reduzir esses custos.

b) Reforço da manutenção preventiva

Com peças mais caras e menos disponíveis, a prevenção é a melhor arma contra custos inesperados.

A transportadora Rodonaves, por exemplo, reduziu em 10% suas emissões de CO₂ por quilômetro ao otimizar a manutenção e uso da frota, além de economizar 1.600 litros de combustível ao cortar 400 horas de motor ligado em marcha lenta.

Segundo a Traxall International, o reforço de protocolos de manutenção preventiva ajuda a:

  • Reduzir paradas não planejadas
  • Prolongar a vida útil dos ativos
  • Minimizar custos emergenciais com peças críticas

A recomendação é estabelecer KPIs claros por tipo de veículo, registrar falhas recorrentes e investir em capacitação técnica.

c) Diversificação de fornecedores

A dependência de peças e veículos com exposição ao mercado norte-americano torna a frota mais vulnerável. Empresas brasileiras já estão buscando:

  • Fornecedores da Ásia e Europa, com menor risco tarifário
  • Acordos com distribuidores que oferecem estoques locais
  • Produção local ou montagem sob demanda, quando viável

Segundo a NovaTrade Brasil, a diversificação de origem é uma das estratégias mais eficazes para minimizar tributos e exposição cambial.

d) Adoção de tecnologias de gestão de frota

Sistemas de gestão baseados em telemetria ajudam a equilibrar os custos operacionais, mesmo com as tarifas em vigor.

Vantagens:

  • Otimização de rotas e consumo de combustível
  • Monitoramento de uso e desempenho da frota
  • Previsão de manutenção com base em dados reais

A revista Exame destacou cinco tecnologias que estão revolucionando a logística: inteligência embarcada, ciência de dados, multimodalidade, veículos elétricos e sistemas integrados — todas com alto potencial de reduzir custos logísticos em ambientes instáveis (Exame).

e) Capilaridade e flexibilidade na rede de abastecimento

Em contextos de crise e rotas alternativas, limitar-se a uma rede credenciada pode impactar a performance da frota.

Ideal optar por soluções de gestão de combustíveis que permitem o abastecimento, de preferência na grande mairia dos postos do Brasil, sem a dependência de redes fechadas. Estas soluções, oferecem liberdade total na roteirização, maior agilidade nas entregas e menor risco de desvio de rota para buscar postos conveniados. Essa flexibilidade operacional pode resultar em ganho logístico e redução de custos diretos (Economizar Combustível).

Outro ponto relevante é a eliminação do ágio praticado por alguns cartões tradicionais. Modelos mais flexíveis evitam sobretaxas por litro, o que pode representar uma economia de até 15% no combustível em comparação com sistemas de arranjo fechado – cartões frota tradicionais (Economizar Combustível).

f) Inteligência de abastecimento e prevenção de fraudes

Além de monitorar custos, é crucial garantir a qualidade e confiabilidade dos dados. Sistemas modernos de abastecimento devem oferecer:

  • Registro automatizado das transações no momento do abastecimento pelo próprio condutor, evitando erros manuais causados por frentistas.
  • Captura obrigatória de informações como quilometragem, tipo de combustível e posto utilizado, o que evita falhas críticas nos relatórios de consumo e aviso de manutenção (Economizar Combustível).
  • Regras personalizadas por veículo ou condutor, que ajudam a evitar abastecimentos fora do padrão.
  • Geração de alertas automáticos para eventos suspeitos, como abastecimentos acima do volume médio, em horários incomuns ou fora da rota prevista.

Esses controles não apenas reduzem o risco de fraudes, mas também melhoram a precisão das análises e decisões estratégicas da gestão de frotas.

g) Monitoramento constante do cenário

O tarifaço é dinâmico. Acompanhar sua evolução é essencial para antecipar mudanças e ajustar estratégias.

Recomendações:

  • Seguir publicações especializadas como Valor Econômico
  • Monitorar comunicados de entidades como ANFAVEA, SINDIPEÇAS e ABLA
  • Participar de fóruns do setor para trocar insights com outros gestores

O site ShipUniverse alerta que decisões tardias ou reativas podem representar perdas financeiras significativas em ambientes de guerra comercial.

Conclusão

O tarifaço de 2025, promovido pelos Estados Unidos, já provoca efeitos profundos sobre a gestão de frotas no Brasil. A aplicação de tarifas de 25% sobre aço, alumínio, veículos e autopeças não apenas encarece a produção nacional, como também abala a cadeia de suprimentos, amplia a concorrência internacional e pressiona os custos operacionais de forma direta.

As perdas potenciais nas exportações brasileiras de autopeças, aço e alumínio podem chegar a US$ 2,9 bilhões, conforme estimativas do Ipea e de entidades do setor. Além disso, o redirecionamento da produção mexicana para o Brasil, motivado pela nova realidade tarifária, cria um cenário de concorrência desigual, ameaçando a indústria automotiva local e reduzindo a atratividade de novos investimentos no país.

Para os gestores de frota, isso se traduz em um ambiente marcado por:

  • Menor previsibilidade orçamentária;
  • Custos crescentes de aquisição e manutenção;
  • Maior tempo de inatividade dos veículos, por escassez ou atraso de peças;
  • Desvalorização dos ativos, com instabilidade no mercado de usados.

Mas apesar do cenário desafiador, existem caminhos claros de reação estratégica. O uso inteligente de ferramentas como o TCO (Custo Total de Propriedade), o reforço da manutenção preventiva, a diversificação de fornecedores e a adoção de tecnologias de gestão de frota são pilares fundamentais para proteger a operação e preservar a eficiência logística.

Além disso, é essencial que empresas do setor acompanhem de perto:

  • A evolução do programa Mover, voltado à inovação e descarbonização;
  • As decisões comerciais e diplomáticas do governo brasileiro;
  • E os desdobramentos do tarifaço em fóruns, entidades e veículos especializados.

Em um cenário global em constante mudança, a capacidade de adaptação estratégica será o maior diferencial competitivo. O tarifaço, embora represente um risco real, também pode ser o impulso necessário para elevar o nível de maturidade, planejamento e controle da gestão de frotas no Brasil.stão da frota em um diferencial competitivo.

FAQ

1. O que é o tarifaço e como ele afeta as frotas brasileiras?

O tarifaço refere-se às tarifas impostas pelos EUA a produtos brasileiros, como aço, alumínio, veículos e autopeças. Essas tarifas aumentam os custos de produção e manutenção, afetando diretamente o setor de frotas no Brasil.

2. As tarifas dos EUA afetam os preços dos veículos no Brasil?

Sim. Mesmo que indiretamente, as tarifas aumentam o custo de insumos como aço e autopeças, o que leva à alta no preço de veículos fabricados localmente.

3. Como os gestores de frota podem se proteger do tarifaço?

As principais estratégias incluem reforço na manutenção preventiva, uso de TCO para compras, diversificação de fornecedores e adoção de tecnologia de gestão de frota.

4. O valor de revenda da frota será impactado?

Sim. A instabilidade causada pelas tarifas afeta o mercado de veículos usados, dificultando a previsão de valor residual e impactando o planejamento de renovação da frota.

5. As tarifas podem ser revertidas?

Possivelmente, mas ainda não há definição. O governo brasileiro estuda medidas diplomáticas e compensatórias, mas a recomendação é se adaptar desde já.

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